DEPRESSÃO,CAUSAS,SINTOMAS E TRATAMENTO

22/12/2013 10:05
 

O que é Depressão ?

 

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

 

Causas

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas 

Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

 

Sintomas de Depressão

São sintomas de depressão:

  1. Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
  2. Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
  3. Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
  4. Desinteresse, falta de motivação e apatia
  5. Falta de vontade e indecisão
  6. Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
  7. Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
  8. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
  9. Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
  10. Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
  11. Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
  12. Perda ou aumento do apetite e do peso
  13. Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
  14. Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Tratamento de Depressão

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.

Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão.

A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.

 

 Felicidade à mesa


Tristeza, estresse, falta de energia e irritabilidade - sintomas capazes de atrapalhar a rotina de tanta gente - podem ser combatidos com eficácia. Não, não estamos falando da mais nova descoberta da indústria farmacêutica, mas do consumo de alguns alimentos

Que tal uma salada de lactucina, seguida por um prato de carboidrato com triptofano e folato e, para a sobremesa, um cacho de flavonóides? Achou um pouco estranho? Na verdade, o que temos aqui é um coquetel anti baixo-astral, que conta com uma salada de alface, um prato de arroz, carne e espinafre e um cacho de uvas. Apesar de não haver um consenso entre os especialistas, o fato é que vários trabalhos científicos feitos ao redor do mundo comprovam o poder de certos alimentos para espantar a tristeza, combater a depressão e a ansiedade e melhorar o humor. Um deles é assinado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) e mostra que os carboidratos, que têm como fontes o arroz, o macarrão, os pães e a batata, ajudam a estimular a produção de serotonina, substância que controla as emoções, e sua falta pode levar a mudanças de humor e depressão.

 

CERTOS ALIMENTOS MELHORAM O HUMOR PORQUE ESTIMULAM A PRODUÇÃO E A LIBERAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES RESPONSÁVEIS PELAS SENSAÇÕES DE BEM-ESTAR E PRAZER

Outro exemplo é o Food and Mood Project (Projeto Comida e Humor), elaborado pela especialista inglesa Amanda Geary, que mostra que as mudanças no que comemos podem ser positivas para a saúde mental. Cerca de 200 pessoas estudadas ao aumentarem o consumo de frutas, peixes e líquidos e reduzirem a quantidade de açúcar, cafeína, álcool e chocolate, demonstraram uma melhora na instabilidade emocional (26%), na depressão (24%) e em ataques de pânico e ansiedade (26%).

Mas qual a explicação para esses resultados? Segundo a professora de Nutrição e pesquisadora Wilza Arantes Peres, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é a química dos alimentos que pode interferir nas nossas emoções. "Alguns deles ajudam a melhorar o humor e até a combater a depressão, porque estimulam a produção e a liberação de neurotransmissores, substâncias que transmitem impulsos nervosos no cérebro e são responsáveis pelas sensações de bem-estar e prazer", explica.

O mais estudado neurotransmissor é a serotonina e, de acordo com a nutricionista já seriam suficientes para melhorar o humor e podem ser conseguidas em uma xícara de chá de espinafre cozido, por exemplo.

O mais estudado neurotransmissor é a serotonina e, de acordo com a nutricionista Bárbara Sanches, da VP Consultoria Nutricional (SP), sua produção e liberação podem ser comprometidas por alguns fatores como distúrbios fisiológicos e deficiência nutricional.

"Seus níveis cerebrais dependem da ingestão de alimentos ricos em triptofano (aminoácido precursor da serotonina) e de carboidratos", alerta a nutricionista Danielli Botture, da RG Nutri Consultoria Nutricional (SP). Segundo ela, o triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção do neurotransmissor. Já os carboidratos levam ao aumento do hormônio insulina, o que auxilia na eliminação de aminoácidos circulantes no sangue e abre caminho para a entrada de maior quantidade de triptofano no cérebro.

Por isso, de acordo com o psiquiatra Leonardo Gama Filho, chefe do setor de saúde mental do Hospital Municipal Lourenço Jorge (RJ), em alguns casos, dietas ricas em carboidratos podem ser utilizadas como coadjuvantes no tratamento de melhora do humor. "Isso ocorre principalmente em pacientes que durante o episódio depressivo perderam peso consideravelmente. Mas, mesmo com a relação entre carboidratos e humor comprovada, o consumo dos alimentos deve ser equilibrado e orientado por um profissional de Nutrição", recomenda.

E o açúcar?

Mas, e os doces? Afinal eles também são fontes de carboidratos, certo? E talvez sejam os que dão mais pistas do poder de acalmar os ânimos e melhorar o humor. Basta lembrarmos do copinho de água com açúcar e da caixa de chocolates, que é um convite tentador quando precisamos afogar as mágoas. Porém, antes de atacar, é bom saber que há controvérsias. Embora eles melhorem o humor quase que instantaneamente, essa explosão de açúcar pode provocar uma reação oposta logo em seguida.

Segundo Danielli Botture, quando comemos açúcar, o nível de glicose no sangue aumenta rapidamente e, com isso, o pâncreas produz mais hormônio insulina do que o normal. Em excesso, a insulina acaba retirando mais açúcar do sangue do que deveria - provocando assim, hipoglicemia, que reduz a tolerância do organismo aos fatores que geram estresse. "Uma alimentação pobre em nutrientes e cheia de açúcar, a longo prazo, tende a deixar a pessoa deprimida e cansada, pois o organismo se desgasta para metabolizar os alimentos e não tem a reposição dos nutrientes, que são o seu combustível", completa Bárbara Sanches.

Então, para não perder tempo e encontrar o caminho da felicidade com a ajuda da alimentação, o segredo é adotar uma dieta que mantenha estável o nível de glicose no sangue, ou seja, composta por carboidratos complexos, presentes nos pães e arroz integrais, batata e massas. Por serem digeridos mais vagarosamente, eles liberam o açúcar gradualmente. Deixe o doce para uma situação de emergência.